O Pai Natal é quem o Homem quiser

Por desvios do material, aqui fica publicado com atraso o texto de natal da Aasul deste ano, texto muito bem emprestado à publicidade, e como não só de dias 25 consumistas é feito o Natal, continua a fazer todo o sentido.
O Pai Natal é quem o Homem quiser

Problema:

Se a prova de que existo está nisto:
Neste texto em jeito desajeitado de poema,
Em cada verso, cada palavra, cada fonema,
Assim como está, de resto, em tudo o resto que faço,
Porque preciso de outrem para ser alguém e sem isso de ninguém não passo?
Sou apenas quem me quer ser,
Preciso de um corpo com espaço.
Um qualquer.
O Pai Natal é quem o Homem quiser,
Pode até ser uma mulher.
Podia, por exemplo, ser agora um prosador
E discorrer neste livro sobre o dinheiro e o seu valor,
Mas é Natal e, como tal, se não me leva a mal, leitor,
Serei Poeta.
Não falarei de taxas de juro nem do que isso acarreta,
Por causa de uma coisa que não é coisa mas é concreta:
A prosa é a língua da razão,
A poesia é a língua do Coração.
É a Ele portanto que falo, perdão,
É a ele que canto.
Para lembrar que há quem precise de vós,
Quem mais do que Pais Natais, com renas e trenós,
Precisa de Pais, Mães, Amigos, Padrinhos, Avós,
Gente que, mesmo sem fazer disso alarde,
Faça a diferença antes que se faça tarde.
Conheço uma criança que tem um sonho,
Posso dizer-lhe que o guarde?


Pai Natal Única, Jornal Expresso, DEZ06, Publicidade Banco Português

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